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Fotografia, território e memória


O mundo pós-moderno, caracterizado por múltiplas fragmentações e identidades, assim muito defendido pelo sociólogo Stuart Hall, evidencia ainda mais a fundamental preocupação com a memória social como constitutiva da identidade cultural de povos e nações. O Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF (IACS) sediou em agosto – mês em que se comemora o dia mundial da fotografia – um encontro sobre fotografia, território e memória. Iniciativa do Grupo de Estudos e Experimentação do Fotográfico da UFF e do Coletivo Niterói Fotográfico, que contou com a visão do historiador e professor Antônio Oliveira Jr. no tocante aos processos relacionados à memória a partir da imagem fotográfica. Também com a experiência de Beatriz Kushnir – Diretora-Geral do Arquivo Geral da Cidade do Rio Janeiro – sobre as políticas públicas de conservação dos acervos fotográficos, que enfatizou a importância do arquivo como objeto de democracia. E o vereador de Niterói, Leonardo Giordano, que compartilhou relatos que dialogam com a importância dos mapeamentos da história da cidade e possíveis caminhos para esse objetivo.

Um dos pontos discutidos – a imagem fotográfica como alicerce para outras pesquisas – remeteu aos escritos do pesquisador Pedro Karp Vasquez, mais especificamente à epígrafe de seu livro sobre acervos fotográficos. Nele, o escritor Antonio Cícero é relembrado.


“Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.

Em cofre não se guarda coisa alguma.

Em cofre perde-se a coisa à vista.

[...]

Por isso, se escreve, por isso se diz, por isso se publica, por isso se declara e declama um poema:

Para guardá-lo”

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VASQUEZ, Pedro Karp. O uso criativo de acervos fotográficos / Pedro Karp Vasquez; Centro de Conservação e Preservação Fotográfica da Funarte (Org). – Rio de Janeiro: FUNARTE, 2016.


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